Autorização do Consórcio Prosecco DOC anima produtores
Devem chegar em janeiro de 2021 as primeiras garrafas de uma novidade que já vinha sendo antecipada a algum tempo: o Prosecco Rosé, cuja produção foi finalmente aprovada na Itália pelo Ministério da Agricultura local.
A notícia anima os produtores, já que as vendas sofreram fortemente o impacto do isolamento decorrente da pandemia na Itália nos meses recentes, além de uma limitação na produção de 2020 que impôs um teto de 15 toneladas/hectare para Prosecco DOC e 12 toneladas/hectare para a denominação Superiore DOCG. O presidente do Consórcio Prosecco DOC, Stefano Zanette, declarou que as circunstâncias atuais tornam este um acontecimento particularmente importante para alavancar as vendas.
A nova opção será feita utilizando a variedade Glera, também chamada de Prosecco em muitos lugares, combinada com a Pinot Noir, variedade que tem na região de Trentino-Alto Adige alguns dos seus melhores rótulos italianos, e que fica ao norte do Vêneto. O método de produção continuará sendo o Charmat, que na verdade foi desenvolvido por um italiano chamado Federico Martinotti em Asti e, por esta razão, é chamado por lá de método Martinotti.
As regras para que o novo rosé possa ter a denominação Prosecco DOC limitam a participação da Pinot Noir entre 10 a 15% do total, com rendimentos de até 18 ton/hectare para a Glera e até 13,5 ton/hectare para a variedade tinta, e em apenas dois estilos: Brut Nature e Extra Dry. Além disso, a fermentação nos tanques pressurizados deverá ter um mínimo de 60 dias, podendo ser lançado a partir de 1º de Janeiro a seguir ao ano da produção, com a colheita indicada em rótulo. A produção da novidade é estimada em 30 milhões de garrafas por ano.
Após tantas más notícias, a novidade deve trazer alívio a alguns vendedores, já que o novo produto deverá atrair uma grande atenção do mercado, ainda mais pela relevância do nome de Prosecco. Se depender da vontade de comemorar o fim do isolamento, o novo Rosé pode ser um grande sucesso de vendas.