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Os 8 Erros Mais Comuns ao Escolher um Vinho — e Como Evitá-los

  • Foto do escritor: Guto Martinez
    Guto Martinez
  • 13 de jun.
  • 3 min de leitura
Vinho ruim só tem um destino!
Vinho ruim só tem um destino!

Já passou um tempo em frente às garrafas no mercado, e acabou levando um rótulo que não gostou? Pois bem, escolher um bom vinho não precisa e nem deve ser um desafio. Ainda assim, muitos amantes da bebida — inclusive os mais experientes — cometem deslizes que podem comprometer a experiência. Pensando nisso, reunimos os erros mais comuns na hora de escolher (e aproveitar) um vinho, e como evitá-los sem complicação. Porque vinho é prazer, não pressão.


1. Achar que vinho caro é sempre melhor

Preço não é sinônimo de qualidade. Existem vinhos excelentes abaixo dos R$ 100 e, muitas vezes, o que encarece uma garrafa é o nome da vinícola, a embalagem ou a região - mas se a diferença for muito grande, procure saber o motivo. Lembre-se: vinho precisa agradar ao paladar sem ficar amargo no bolso!


2. Ignorar a harmonização com a comida

Um vinho muito potente com um prato leve pode sobrecarregar a refeição e apagar completamente seus sabores. E o contrário também vale: vinhos delicados podem desaparecer ao lado de pratos muito intensos, e até mesmo influenciar nos sabores, principalmente quando falamos sobre pratos gordurosos, salgados ou adocicados. Harmonização é equilíbrio. Uma regrinha básica: vinhos leves com pratos leves, vinhos encorpados com pratos mais ricos.


3. Servir o vinho na temperatura errada

Já ouviu falar em "temperatura ambiente"? Pois bem, vivemos num país com uma diversidade climática enorme, então esqueça essa regra! Aliás, servir um brancos muito gelado faz ele perder o aroma, assim como um tinto muito quente deixa a sensação de álcool muito mais elevada - pode ser que eles precisem se adequar à temperatura certa.

Uma boa regra a seguir é essa tabelinha:

  • Brancos: 8°C a 12°C

  • Tintos leves: 12°C a 14°C

  • Tintos encorpados: 16°C a 18°C

  • Espumantes: 6°C a 8°C

Dica de ouro: um balde com gelo ou 20 minutos na geladeira podem fazer milagres.


4. Comprar só pelo rótulo bonito

Design vende, mas nem sempre entrega. Alguns rótulos chamam atenção nas prateleiras, mas escondem vinhos medianos e até defeituosos. Leia as informações: tipo da uva, região, produtor e safra, e não esqueça que nem sempre um vinho mais velho vai ser melhor - para brancos frescos, a idade pode matar o vinho! Isso vale mais que qualquer ilustração estilosa.


5. Deixar o vinho aberto por dias na geladeira

O vinho, quando aberto, inicia imediatamente um processo de oxidação que pode transformá-lo em vinagre. O processo é rápido: depois de 2 ou 3 dias, ele já perdeu frescor e a maioria dos aromas frutados, que acabam virando um amadeirado amargo. Como preservar seu vinho? Considere as opções:

  • Use uma bomba a vácuo do tipo "Vacuvin", ou a opção mais moderna dos injetores de gás, como o "Coravin";

  • Guarde na geladeira sempre bem fechado, mesmo os tintos, e evite chacoalhar a garrafa;

  • Transfira o que sobrou do vinho para uma garrafa menor, deixando o mínimo possível de ar;

  • Ou compartilhe! Vinho é feito para ser vivido e compartilhado!


6. Usar a mesma taça pra tudo

Pode parecer frescura, mas o formato da taça influencia aroma e sabor (já participou de uma degustação de taças? Nós já, e aqui está o resultado!). Se não quiser investir em vários tipos, tenha ao menos uma taça coringa tipo Bordeaux, que serve bem tintos e brancos. Lembrando que as taças plásticas deixarão o vinho menos aromático, e os copos abertos também!


7. Medo de experimentar uvas ou regiões diferentes

Sempre o mesmo Malbec ou Chardonnay? Que tal explorar uvas como Touriga Nacional, Albariño, Nerello Mascalese ou Carmenère? Ou regiões como Douro, Etna, Mendoza, Vale dos Vinhedos? O mundo do vinho é vasto — e cada rótulo é uma viagem.


8. Confundir tanino com acidez (e vice-versa)

Dois termos que assustam iniciantes. Tanino é a sensação de secura na boca (como quando comemos banana verde). Acidez é aquela sensação de salivação. Ambos são naturais e podem dar estrutura e frescor ao vinho, mas precisam estar em equilíbrio.


No fim das contas, o maior erro é beber vinho com medo de errar. A única regra definitiva é: o melhor vinho é aquele que faz sentido pra você, naquele momento. Descomplique, experimente e aproveite a jornada — taça a taça.

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