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Foto do escritorViviane Chow

Diversos Tons de Verde


Entre as montanhas, vales cortados por rios, influências marítimas, mediterrâneas, no noroeste de Portugal, encontra-se a região do Vinho Verde. Uma terra fértil com nome inspirado na biodiversidade local apresentando diversos tons de verde, foi demarcada no ano 1908, zona conhecida como “Entre-Douro-e-Minho”. Atualmente em progresso contínuo, é responsável por 15% da área vitivinícola do país, produzindo em média 80 milhões de litros por ano marcando presença em mais de 100 países.


São 45 castas produzidas dispostas em 9 sub-regiões, cada uma com suas características exclusivas. A versatilidade é uma das peculiaridades dos vinhos com a denominação, variando entre Vinhos Verdes com perfil clássico, são mais jovens, leves, refrescantes e com menor teor alcoólico. E os Vinhos Verdes mais sofisticados, com potencial de guarda, aromas mais complexos, intensos e minerais. As variedades brancas que mais se destacam são: Alvarinho, Loureiro, Arinto, Avesso e Trajadura; entre os tintos estão: Vinhão, Alvarelhão, Amaral e Borraçal. Para o vinho rosé estão as uvas Espadeiro e Padeiro como as mais conhecidas. A região também produz espumantes de alta qualidade.


Admirável a organização da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), que além do selo de autenticidade no contrarrótulo de cada garrafa, traz a garantia de um vinho com procedência e qualidade. Por meio de muitas pesquisas, projetos desenvolvidos, união dos produtores, a entidade consegue preservar o patrimônio histórico com transparência e inovação promovendo produtos originais certificados. São 1400 marcas aprovadas, direcionadas conforme o setor e divulgadas com sucesso. Todo o sistema desenvolvido é resultado do trabalho de distintos profissionais com visão no que há para oferecer de melhor na localização.



No Brasil, podemos dizer que os vinhos da região têm seu espaço garantido nas adegas dos consumidores. E ainda acompanha perfeitamente nosso clima tropical e nossa gastronomia. A dica para harmonizar com os vinhos brancos mais leves e refrescantes, pode ser com comida japonesa, entradas leves, grelhados e, devido a acidez combina até mesmo com frituras como bolinho de bacalhau, pastéis, coxinha e acarajé. Já os brancos mais elaborados, vale a prova com pratos como: polvo à lagareiro, gratinado de lagosta, bobó de camarão, costeletas de vitela e carnes assadas. Os rosés ficam uma delícia com comida tailandesa, chinesa e salmão grelhado. Os tintos facilmente vão bem com frango, porco, carne vermelha, massas e pratos típicos portugueses contendo bacalhau. Considerado um tipo de vinho “coringa” também pode ser consumido apenas como aperitivo ou digestivo dependendo da proposta.


Em resumo, a região do Vinho Verde apresenta inúmeras possibilidades para experiências marcantes tanto no setor da Enogastronomia quanto do Enoturismo. Temos que aproveitar!


Mais informações sobre a região denominada Vinho Verde:

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